Primeiramente, quero agradecer a todos que
torceram e me mandaram energias positivas.
Aos meus parceiros que acreditaram em mim e
me ajudaram muito em mais uma conquista de um Ironman: Clínica de Fisioterapia
Esportiva Reestruturar, Doutor Ronaldo Arkader Endocrinologia e Medicina do
Esporte, CMTeam, KingBike, JPerotti Team e Cromopix Camisetas Esportivas.
Agradeço, mais uma vez, as minhas duas
famílias (do meu lado e da Lú), aos meus amigos presenciais e on-lines, que sempre
torceram por mim, principalmente ao super casal Tetê Matos e Claudio, vocês são
d+!
E finalmente, um super agradecimento a minha
eterna companheira, super esposa, coach, parceira, incentivadora, motivadora, médica,
enfermeira, staff e grande amor da minha vida: Luciana Perotti Costa.
Meu muuuuuiiitoooo obrigado a todos vocês!!!!
Quem me conhece ou me segue nas redes
sociais, sabe que este Iron foi, pra mim, o IRONMAN da SUPERAÇÃO TOTAL.....rs.
(Momento após a cirurgia) |
Em Dezembro, tive meus treinos interrompidos por
uma hérnia inguinal e uma hérnia umbilical. Fiz a cirurgia em Dezembro mesmo,
aliás, agradeço muito a preocupação em me ajudar e a competência dos meus médicos
Dr. Paulo Ricardo Botelho Costa e Eduardo Monteiro.
Depois de quase 3 meses de recuperação, comecei a
treinar novamente, natação, ciclismo e corrida, porém no ciclismo sempre quando
me inclinava para pedalar no clip, sentia a tela que foi colocada no abdômen me
incomodar um pouco, acabei acostumando. Já na corrida, e aqui quem ama correr
me entende, comecei a forçar um pouco mais nos treinos, pois é o esporte que
tenho o melhor desempenho, e por abusar nos treinos acabei tendo uma fratura
por stress na tíbia.
Lá se vão mais semanas de treino.
Voltei a treinar faltando somente 7 semanas
para o Iron.
Com todos esses acontecimentos, tive que me
preparar para somente completar a prova, o que já seria desafio suficiente para
o meu corpo e principalmente para a cabeça, pois sempre quero me superar e como
no Ironman de 2013 fiz em 14h:17min, é claro que eu tinha a pretensão de baixar
para sub 12 esse tempo.
(Josy, eu e Fernanda - Reestruturar) |
(Eu e Dr. Ronaldo Arkader |
Nesse meio tempo, começo a fazer uma batelada
de exames que meu endócrino me pediu. Quando o resultado saiu, a surpresa: Hipotireoidismo,
Testosterona e DHEA baixos.
Pqp, acho que devo ter colado chiclete na
Cruz em outra vida...rs.
Chega a semana que antecede a tão esperada
prova.
Viajamos na madrugada de Sábado (17) pra Domingo
(18) para Curitiba/PR e ficamos na casa da cunhada Cris Perotti, como sempre,
tudo perfeito.
(Pq. Jd. Botânico - João, Cris, Lú e Eu) |
Saímos de Curitiba na terça pela manhã e chegamos
em Jurerê Internacional – Florianópolis/SC na hora do almoço.
Ficamos na mesma casa do ano passado, 12
pessoas, sendo 6 que fariam a prova. Uma galera super animada!
Foi uma semana mágica, nem o frio estragou a
festa que vira a chamada “Cidade Ironman”.
Na quinta dia 22 fizemos o reconhecimento de
boia, muita agua viva dando aquele caloroso abraço nos triatletas...rs.
(Primeiro Vértice - João e Eu) |
Também fizemos vários pequenos treinos de
corrida e de bike durante a semana.
Só quem já vivenciou essa semana, para saber
o clima de energia positiva que fica em todo Jurerê Internacional. Empolga até
os mais acomodados!
Na sexta tivemos o congresso técnico, onde
além de termos as informações necessárias, aproveitamos para encontrar os
amigos.
Este ano a informação mais polemica foi a de
que todos os triatletas teriam que passar sozinhos pelo pórtico de chegada,
assim como é em outros países.
Não achei ruim, pois existe muita gente sem
noção que chega a atravessar com mais de 10 pessoas pelo pórtico, o que acaba
atrapalhando a chegada e a foto do atleta que vem atrás. Não gostaria se
isso acontecesse comigo.
(Lú e Eu indo para o Bike Check In) |
Este ano, tivemos a infeliz surpresa de que
não haveria a capa plástica para cobrir as bikes, que ficam ao relento. Ai,
corre atrás de alguém que esteja vendendo capa por ali.
Isto resolvido, vamos para a área das sacolas
deixa-las e em seguida para a pintura do número no corpo. Diga-se de passagem,
este ano finalmente fizeram aquelas tatuagens, ao invés de escreverem com
caneta piloto. (O que geralmente ficava horrível e saia tudo na roupa de
borracha.)
Como no dia anterior eu senti o joelho da perna que fraturei, aproveitei e pedi para o meu amigo David, que é físio, para dar uma olhada. Ele me aconselhou fazer Knesio no local para dar sustentação. Lá fui eu para a Expo Iron fazer a bandagem. É melhor prevenir, né?! A carcaça tá toda podre, então não vou arriscar!....rs.
(David, Christian, Eu, João) |
E finalmente chega o grande dia!
(Indo para a Largada) |
(Eu, Lú, minha sogra Silvia e João) |
Depois de despedir de todos que ali estavam
nos acompanhando, fomos para o curral de largada. Areia fria pacas!...rs.
(Largada - João, Eu e Dú) |
Ali você já faz suas orações, seu aquecimento
e começa a lembrar de tudo que passou para chegar até aquele momento. Sobe
aquele frio na espinha e um nó na garganta. Repara em cada atleta ao seu redor,
vê que todos estão com os sentimentos a flor da pele, mas todos felizes e
loucos para largar e começar a tão sonhada batalha.
Finalmente toca-se a buzina e a faixa de
largada é erguida!
Coração vai a milhão, você esquece o frio,
não sente se a água está gelada ou não e entra, literalmente, de cabeça na
prova.
Claro, deixei a massa entrar bem na água para
eu começar a dar as primeiras braçadas. Antes disso, cheguei até a recolher e
jogar para a areia os vários chips que começaram a pipocar na superfície da
água.
Bora começar a nadar!
Este ano, assim como em 2013, haviam muitas
águas vivas. Porém, diferente do ano passado, estas estavam queimando bastante,
principalmente no rosto, que era uma das poucas áreas descobertas do corpo.
Faço a primeira perna da natação, que todo
ano o percurso forma um M, onde no meio dele você sai da água, corre uns 70
metros, se hidrata e volta para completar a segunda perna.
(Percurso da natação) |
Nem precisa falar que peguei, junto com
outros triatletas, uma corrente que puxava para as pedras e acabamos fazendo
uma enorme barriga, aumentando nosso trajeto, além da diferença citada acima, em mais 500 metros.....rs. Já
estava ali mesmo, vamos dar uma esticadinha, né?!....kkkkkkkkkkkkkkkk
Passo no corredor das duchas para aproveitar
e tirar o sal do rosto e bora pra transição.
Chego na transição, seco o corpo, guardo a
roupa de borracha com a toca e óculos, coloco a sapatilha, vou ao banheiro,
como alguma coisa, pego a bike e bora para mais uma etapa.
Uma friaca forte nessa hora!
Vento e você com a roupa molhada, lembra na
hora da sua avó falando pra tomar cuidado pra não pegar “Friagem”....rs.
(Em algum lugar de Florianópolis) |
Levo na bike 2 garrafinhas com os “venenos”
como costumo dizer. Uma mistura de repositores hidroeletrolíticos com
pré-treino para dar um UP.
Na primeira rua de paralelepípedo uma delas
voa longe.
Vamos que vamos que sobrou uma pelo menos,
né?!....kkkkkkk
No caminho, a organização da prova tem os
pontos de hidratação com belos squezees da Gatorade com água, que diga-se de
passagem, são disputadíssimos pela população de Floripa e inclusive por nós
atletas, que adoramos usa-las em treinos e até provas, e também são distribuídas
garrafinhas de Gatorade.
Como sabemos que estes squezees são dados
durante a prova, levamos pouca hidratação conosco, e o que levamos, geralmente
são em garrafinhas que podemos descartar para dar lugar para estes squeezes.
Já deixamos combinado com a família, que
iremos passar por eles e jogar as garrafinhas que conseguirmos levar, para que
possam guardar para nós...rs.
Nos primeiros 90 km, sinto que a bike está
pesando muito, olho para os pneus e está tudo bem, vou seguindo pensando que
realmente estava bem despreparado para estar ali.
Na segunda volta, me dá uma luz e resolvo
soltar as chavinhas de pressão dos freios. Bingo! O freio dianteiro estava
pegando.
Neste momento, falo todos os palavrões que
aprendi em todos os meus 39 anos de vida.
Não sei como aconteceu, até porque, os próprios
staffs da prova checam isso antes de entrarmos com as bikes na área de
transição no sábado. Estava tudo OK!
Bem, a segunda volta já foi melhor que a
primeira, mesmo com a porcaria do vento contra que, em alguns pontos, insistia
em atrapalhar.
(Fotos no quadro da bike) |
(Passagem pela ponte Hercílio Luz) |
Bom, voltando para a prova, finalmente chego na transição, já começando a escurecer, após um pedal de mais de 7 horas.
Entrego a bike para os staffs e sigo pra
transição da última etapa, que diga-se de passagem, é a etapa que eu mais gosto
e tinha certeza que conseguiria ir bem, mesmo depois de todos os problemas de saúde.
A esperança é sempre a última que morre, não é?!
(Saindo para correr) |
Saio para correr e logo na saída, encontro
minha super esposa de bicicleta andando ao meu lado para saber como estou e
para me motivar como sempre.
Desenvolvo uma velocidade boa nos primeiros
12 km e depois resolvo dar uma poupada nas pernas para aguentar até o final.
Sempre que possível, minha esposa estava lá,
pedalando ao meu lado para dar apoio emocional e fotográfico...rs.
(Amor da minha vida e eu) |
No trajeto, também tenho a grata surpresa da
companhia do meu cunhado João Perotti e de nosso amigo Christian Sotero, que já
haviam terminado muito bem a prova e vieram dar uma força pro veinho
aqui....kkkkkkk
(Eu, Christian e João) |
(Valeu Leo Nengaii pelo emprestimo da bota.) |
Não desisto, vou mancando, depois de tudo que
passei, não ia ser uma dorzinha qualquer que me tiraria o prazer de terminar
mais um Ironman dentro do tempo válido da prova.
Nunca tomei tanta sopa para esquentar o
corpo, quanto tomei as dadas nos postos de hidratação da prova....rs. Estava muito frio e chovendo, só pra ajudar! Precisei até passar no Special Needs para pegar meu corta vento.
Finalmente a reta final! Peço para que a minha
esposa vá direto para o pórtico de chegada, para conseguir tirar umas fotos
legais de recordação e para que eu possa ver o seu sorriso na hora mais
importante desse desafio.
(Tetê e Claudio) |
Tetê e seu marido Claudio seguem comigo até a
linha de chegada. Amigos muito especiais, numa hora muito especial!
Entro no corredor final....
E mais uma vez escuto a voz do locutor
falando o meu nome e a célebre frase tão esperada:
“Ramon Costa você é um IRONMAN!”
(Finalmente a linha de chegada) |
Obrigado Deus, por me dar mais uma vez a
possibilidade de vivenciar essa experiência única!
Vô, onde quer que o senhor esteja, essa prova
foi para o sr!!!
Na realidade você venceu dois Irons, um antes da prova e outro em Jurerê.
ResponderExcluirParabéns!!!
Boa recuperação e bons treinos!
sensacional RAMON!!! E Lu tbm! Incrível e emocionante seu post. Orgulho de ser da familia cmteam. Parabéns Parabéns Parabéns!!! :)
ResponderExcluirEmocionante, sem palavras... realmente superação seria o que melhor definiria não só na prova mas como a sua vida! Parabéns, estou orgulhoso de dizer que tenho um primo 2x IRONMAN!!!
ResponderExcluirCara você é um IronMan parabéns pela disciplina, força de vontade e garra a Luciana tb é muito parceira!!!!
ResponderExcluirSó agora filho, vi que vc tinha feito esse relatório ultra emocionante de tudo que vc passou nesse Iron!!
ResponderExcluirSuperação e garra para conseguir seu objetivo!
Seu avô ,como vc disse "aonde ele estiver" está orgulhoso de vc assim como eu,sua mãe!!
Emocionante mesmo !!! Parabéns à vc e à Lu, super esposa e super TUDO MAIS !!! bjo gde
ResponderExcluirRamon, li na no blog da Ana, mas tinha que deixar meu alô pra ti aqui também.
ResponderExcluirEmocionante demais!!!! Eu comecei a sonhar com triatlon esse ano, velhinha de 39 anos também, mas a doida aqui nem nadar direito sabe. LOL
Essas lutas aumentam o tesão e dão aquela força que a razão não explica. Parabéns Mr. Ironman!!!